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Inmetro, Registro de Produtos

Primeira norma da ABNT para Grafeno publicada no Brasil.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou a primeira norma no Brasile sobre caracterização de grafeno (ABNT ISO/TS 21356-1), um dos materiais com mais pesquisas globalmente e com grande impacto em inúmeros setores da indústria. O objetivo é padronizar os métodos e validar resultados para a indústria. A comissão que traduziu o documento tem o Inmetro como participante.

Segundo Erlon Ferreira, pesquisador da Divisão de Metrologia de Materiais, do Inmetro.

“A publicação da norma nacional representa um importante avanço, pois hoje existem barreiras à comercialização que impedem o avanço dos produtos que contêm o grafeno e que precisam ser superadas, por meio de protocolos de medição confiáveis. Normas como esta são imprescindíveis para que o grafeno possa ser utilizado como aditivo em produtos industriais como compósitos, materiais híbridos, estruturas da construção civil, tintas e revestimentos, entre outros”.

A norma brasileira segue a publicação internacional, que foi elaborada com mais de 30 países colaborando, sendo o Brasil um deles, dentro do ISO/TC 229 – Nanotechnologies. O processo contou com a participação ativa do Inmetro, tendo recentemente publicado um artigo na Nature Review Physics, uma das mais importantes publicações da área científica, trazendo destaque para a importância dessa norma ISO.

Inmetro é pioneiro em pesquisas de grafeno no Brasil
inmetro é pioneiro

Quando se pesquisa grafeno no Google, temos a certeza de que este material irá revolucionar a indústria nos anos seguintes, afinal ele é um excelente condutor elétrico, com resistência 200 vezes maior do que o aço, e muito mais fino do que uma folha de papel, sendo assim um potencial elemento para diversos segmentos industriais.

O Brasil conta com uma enorme reserva de matérias-primas e vem fazendo pesquisas avançadas na área da medição das propriedades fundamentais do grafeno, como as realizadas no Inmetro, que possui um dos mais modernos centros de caracterização de nanomateriais.

Erlon Ferreira ainda comentou que “A intenção é padronizar métodos e validar resultados, a fim de garantir que determinada aplicação está usando o tipo certo de grafeno ou material derivado deste”. Segundo Erlon, o grafeno representa um grande avanço para a indústria, por motivo das suas propriedades superlativas e aplicabilidade em diversos tipos de produtos de tecnologia, beneficiando os materiais que estão disponíveis no mercado hoje.

 

O que é grafeno?

O grafeno é, atualmente, o material mais fino do mundo. Ele possui uma camada bidimensional de átomos de carbono organizados em estruturas hexagonais, com altura equivalente a um átomo. Esse material é produzido extraindo-se camadas superficiais do grafite.

O grafeno é recordista em algumas propriedades físicas, devido às ligações químicas formadas entre os átomos de carbono e a sua espessura. Resistência mecânica, condutividades térmica e elétrica, por exemplo, fazem do grafeno um dos mais promissores materiais do mundo. Ele é o material mais resistente já conhecido, podendo suportar pressões de até 130 gigapascal. Materiais como o aço, muito utilizado na construção civil, suportam apenas um terço dessa pressão.

O grafeno também é bastante elástico e, por isso, retorna ao seu tamanho original com certa facilidade. Devido às suas pequenas áreas de cada hexágono de carbono, ele também possui alta impermeabilidade, podendo ser usado como uma pequena rede capaz de segurar gases que vazam muito facilmente de seus recipientes, como o hidrogênio. Além de extremamente resistente, o grafeno é muito leve: sua densidade é de 0,77 g/ m², cerca de mil vezes mais leve que uma folha de papel.

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