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Anvisa

Segurança de pomadas capilares é o tema de reunião técnica entre Anvisa e empresas.

 

No último dia 17 de fevereiro, a Anvisa fez uma reunião técnica com as empresas que fabricam pomadas capilares. O encontro contou com mais de 400 participantes e foi realizado de forma virtual. A ideia da reunião era atualizar as empresas quanto ao andamento das investigações sobre a suposta causa de eventos adversos graves que tiveram relação com o uso de pomadas capilares.

Conforme dados da investigação no Rio de Janeiro, mais de 3.000 atendimentos oftalmológicos foram registrados em um único hospital de emergência na capital até o dia 7/2. Desses, 685 casos foram confirmados como intoxicação exógena, ou seja, causada por fatores externos, relacionados de forma temporal à utilização desse tipo de cosmético para modelar e trançar cabelos.

Até agora, foram 780 casos contabilizados pela Anvisa relacionados ao uso desses produtos, já inclusos os supracitados, oriundos da investigação no Rio de Janeiro. Entre esses casos, a maior parte procurou atendimento médico em razão dos eventos adversos causados pelo uso dos produtos. Dentre os sintomas e sinais relatados, os mais comuns foram inflamação da córnea (ceratite), dor ocular, arranhão (abrasão) da córnea, ardência ocular, vermelhidão ocular (hiperemia), sensação de corpo estranho nos olhos e perda da clareza e nitidez (acuidade) visual.

 

Situação atual dos produtos investigados.

Situação atual dos produtos investigados.

A Anvisa destacou que todas as pomadas, seja para modelar, fixar ou trançar cabelos estão interditadas de maneira preventiva, até o momento em que os motivos causadores das reações sejam identificados. Até o momento não há determinação para recolher todos os produtos, mas eles estão impedidos de ser comercializados.

Esta decisão foi tomada após  uma avaliação de risco realizada pela Agência e acatada tendo em vista o crescimento do número de casos com efeitos indesejáveis graves por conta da utilização desse tipo de produto próximo aos festejos de Carnaval.

A apresentação virtual realizada pela Gerência de Produtos de Higiene, Perfumes, Cosméticos e Saneantes da Agência jogou luz sobre as principais ações implementadas pela Anvisa e as supostas causas das reações adversas que estão sob investigação. Ainda no período da reunião, a Agência deixou o alerta para os fabricantes em relação aos requisitos técnicos obrigatórios para produtos cosméticos e a importância de se ater à lista de ingredientes autorizados para este tipo de cosméticos, não utilizando sob hipótese alguma os caracterizados como proibidos.

Ainda foi salientado que caso os requisitos exigidos não sejam atendidos, isso pode causar o cancelamento das autorizações.

 

E a responsabilidade do fabricante?

Nesse ínterim, a Anvisa ressaltou que a segurança dos produtos precisa ser garantida pelos fabricantes de acordo com a forma de uso indicada. O diretor Alex Campos reforçou que o compromisso da Agência é estabelecer um plano de ação para identificar a solução regulatória no menor tempo possível. Dessa forma, os produtos podem retornar ao mercado com sua segurança garantida, protegendo a saúde dos usuários.

A Anvisa ainda reforçou que irá fazer todos os esforços possíveis para descobrir a causa das reações adversas com celeridade, tratando o problema de forma mais efetiva e global e buscando uma solução regulatória horizontal.

 

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